"Portugal é o país onde a discriminação de remunerações com base no género é maior ( em Portugal, a remuneração média das mulheres é inferior, à dos homens, em 25,4%), sendo apenas ultrapassado pela Eslováquia. Mas isto é um valor médio. Se se fizer uma análise mais fina por nível de escolaridade, por qualificação profissional e por sector de actividade utilizando dados divulgados pelo próprio governo (Ministério do Trabalho e Solidariedade Social) conclui-se que, para muitas mulheres, a discriminação a que continuam sujeitas é muito maior.
(…) As entidades patronais obtém elevados lucros extraordinários à custa da sobre-exploração que resulta da discriminação remuneratória a que continuam sujeitas as mulheres em Portugal. No 2º Trimestre de 2008 existiam em Portugal 1.879.900 trabalhadoras por conta de outrem. Se retirarmos as trabalhadoras da Administração Pública ficarão 1.487.900. Se multiplicarmos este total pela diferença entre o ganho médio de um homem e de uma mulher em 2008, que deverá rondar os 249,54€/mês, e se depois multiplicarmos o valor obtido por 14 meses obtém-se 5.170 milhões de euros por ano. Este valor seria aquele que as entidades patronais teriam de pagar a mais às trabalhadoras por conta de outrem se não existisse discriminação remuneratória em Portugal com base no sexo. »
"Excertos de um estudo do economista Eugénio Rosa, datado de Setembro de 2008 e baseado num trabalho do Eurofound, que pode ser lido na íntegra aqui. De referir ainda que, de acordo com o estudo, a discriminação remuneratória da mulher é tanto maior quanto mais elevada é a sua escolaridade e a sua qualificação."
O artigo ora publicado foi extraido do Blog da Rede um dos blogs p+or nós lidos e referenciados. è este estudo relevante uma vez que continua a ser constante a desigualdade salarial perante trabalho igual em função do género.
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